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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Revolução Russa, Socialismo, e a emancipação das mulheres

“A libertação da mulher é uma necessidade da Revolução, garantia da sua continuidade, condição de seu triunfo”
Samora Machel, líder da guerra pela independência de Moçambique

A luta do movimento feminista vem contribuindo ativamente com a história mundial a muito tempo, influenciando gerações, pensadoras e pensadores, intelectuais, estudantes e populares. Isto porque começou a ser percebido que o atraso forçosamente imposta às mulheres estava sendo rompido principalmente com os processos revolucionários do século XX, especificamente a Revolução Russa de 1917 contribuiu em muito na percepção social de que era(e é) imprescindível o rompimento das amarras que entrelaçavam as mulher, condicionando-as, oprimindo-as e com a estratégia reducionista atribuindo às mulheres condições de total desempoderamento.

A chamada Revolução de Outubro marcou profundamente a Rússia, no que diz respeito as relações sociais. As velhas e consolidadas convicções do machismo europeu, enviesado na estrutura patriarcal do velho continente foi um elemento fomentador para mulheres russas buscarem a elevação de melhores condições de vida, incidindo concretamente na luta obstinada por seus direitos, uma vez que o cenário na Rússia csarista era de devastação causada pela fome, pela miséria e pela guerra, a situação da mulher era de ausência total de direitos.
Isto posto, podemos articular com algumas das bandeiras do movimento feminista atual(O emprego fora do lar, e o aborto), e concluir que as reivindicações giram em torno da busca emancipatória também trilhada( em grande parte) no processo revolucionário de 1917, e que aquelas mulheres contribuíram como uma das principais forças na fase decisiva da revolução e obtenção de garantias de direitos. Um dos importantes acontecimentos naquele valoroso processo, foi o ocorrido no dia 23 de Fevereiro segundo o calendário russo de então, a data correspondia ao dia 8 de Março, em pleno fogo da guerra, no começo do ano, elas realizaram mobilizações, que deram origem à greve espontânea das tecelãs e costureiras de Petrogrado. As trabalhadoras saíram às ruas para exigir a paz e pedir pão — e declararam-se em greve.

Segundo a comissária do povo soviético Alexandra Kollontaiuma aquela data foi um dos mais importantes fatos do desencadeamento da revolução, “Nesse dia, as mulheres russas levantaram a tocha da revolução, data memorável para a história”. Começava ali, efetivamente, a chamada “Revolução de Fevereiro”, que destruiria o império czarista e abriria caminho para a Revolução de Outubro, quando os trabalhadores e trabalhadoras, liderados por Vladimir Lênin, assumiriam o poder no país.

Com o poder soviético, as mulheres descobriram novos horizontes. A “Conferência das Mulheres Comunistas”, realizada em 1921 em Moscou, oficializou o 8 de Março como o “Dia Internacional das Mulheres”. A decisão foi amplamente divulgada pela Terceira Internacional, mas o combate ao terror nazi-fascista que cobriu a Europa de sombras, prenunciando acontecimentos tenebrosos, fez com que a data deixasse de ser comemorada. Só voltando na década de 60, quando o mundo começava a deixar para trás as cinzas da Segunda Guerra Mundial. Entretanto, Durante todo esse período, a emancipação da mulher foi uma bandeira segurada com firmeza pelos socialistas com total embasamento no marxismo.


E é justamente com a perspectiva de uma sociedade Socialista que poderemos vivenciar as possibilidades efetivas da emancipação da mulher e o seu empoderamento social.

Então, avante companheiras e companheiros!

“Quem não se movimenta não sente as amarras que o prende.” Rosa Luxemburgo


Um comentário:

Lúcia Leiro disse...

Icaro,

As feministas já levam a discussão de gênero com ênfase na condição da mulher há algum tempo. Que tal falar das "amarras", para citar Luxemburgo, que prendem os homens aos papéis de gênero? Acho que falar da emancipação do homem da tutelagem patriarcal seria uma discussão bem-vinda e seria mais significativa aos estudos de gênero. A menos que você não ache que essa "dependência" no homem do gênero não exista. Fico pensando o motivo pelo qual os homens não discutem gênero com ênfase na condição masculina, pois esta, sim, tem dificultado avanços nas discussões de gênero.

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